Como este trabalho se baseia na observação das LINGUAGENS NÃO-VERBAIS de populações animais de conduta sensorial oposta (felinos/caninos, equinos/bovinos, ... ), ele não poderia deixar de se referenciar na nova ciência da LINGUÍSTICA MODERNA(LM)..., cujo cerne está na frase do seu fundador, Ferdinand de Saussure, ...
``A linguagem nasce das diferenças´´.
Para a LM a possibilidade de um universo sonoro se constituir em linguagem - num meio para a transmissão de mensagens - reside na possibilidade de `a sons diferentes corresponderem significados também diferentes´. Assim, se aos sons ÔOOOOO e ÁAAAAA associamos, respectivamente, os significados `algo masculino´ e `algo feminino´, existe então a linguagem.
E da mesma forma em relação ao universo das posturas animais: se às atitudes CORPO DIMINUÍDO e CORPO AUMENTADO correspondemos, respectivamente, as intenções(os significados) `para melhor VO´ e `para melhor SVO´, este universo é um evento LINGUÍSTICO, isto é, admite uma ORDEM. Independentemente de a linguagem verbal humana ser produto da Cultura e a não-verbal focalizada, da natureza dos instintos, nesta última igualmente se aplica o método desenvolvido por Saussure.
Enquanto a Linguística tradicional analisa determinada palavra de uma Língua, através de sua evolução no tempo (das modificações ocorridas, sucessivamente assimiladas), ... a LINGUÍSTICA MODERNA analisa a mesma palavra contrastando-a com outras da mesma língua num determinado momento. O mesmo método se aplica ao universo animal. Vejamos ...
Considere a população CANINA. Podemos conhecê-la por 2 caminhos : ou investigando sua evolução no tempo (desde o seu ancestral remoto aos cães modernos) ou comparando-a com outra população animal, por exemplo, a FELINA, e no atual momento. Por este último método, o da Linguística Moderna, conhecemos o CACHORRO, entre outros aspectos, `pelo que ele não é´, ou por outra, como constituinte de uma ESTRUTURA (o par `cão-gato´).
A inevitável indagação : será que a informação inicial do GENOMA do trânsito ``AVES/RÉPTEIS MAMÍFEROS´´ não traduz um processo Linguístico?
A análise tradicional de populações animais, envolve uma compilação excessiva de fatos e interpretações destes fatos. Considere, internauta, por exemplo, o volumoso acúmulo de dados sobre a evolução dos CAVALOS: do ancestral hiracoterium até o atual equus! Já a análise dessa mesma população num determinado momento, que seja o atual (abstraindo-se, portanto, o fator tempo) e comparando-a com outra, como a dos bovinos, ou outras que lhe são simultâneas, permite uma abordagem simples e fácil, pelo caminho mais curto.
Sem dúvida que as duas análises são necessárias para se determinar o conceito de uma população, no entanto, para a abordagem do fenômeno da `` oposição sensorial ´´, o que implica numa SÍNTESE sensorial do universo animal, ... o método `comparativo´da LM cai como uma luva!